
“EXTENSÃO” DA PREFEITURA? A ESTRANHA RELAÇÃO “PROMÍSCUA” ENVOLVENDO A ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL E A RÁDIO LIDERANÇA FM DE JAGUARARI
A rádio Liderança Fm de
Jaguarari, que atualmente se encontra administrada pela primeira dama do Município
e por uma irmã do atual prefeito, Everton Rocha, desde o final dos anos 90,
quando a família Sá perdeu a direção para o atual gestor, nunca se comportou
tão próxima de uma administração municipal como nesta que teve início em
janeiro de 2017.
Desde que assumiu a Prefeitura,
o prefeito Everton e seus secretários tem trânsito livre e irrestrito ao
jornalístico da rádio, algo inédito na história da emissora; sem contar que o
comportamento “amistoso” dos apresentadores para com os “entrevistados” denota
uma familiaridade muito peculiar, outrora, o nível dos questionamentos teriam
outro tom, fora que a participação do chefe do executivo ocorre
corriqueiramente e a duração das “entrevistas” costuma ser dilatado ao ponto do
programa facilmente ultrapassar as 15h.
Um outro fato muito “curioso”
é a vasta campanha publicitária da Prefeitura veiculada na grade de programação
da 103, que não consta (ao menos não conseguimos identificar) na prestação de
contas do Município. É de conhecimento de todos, que toda atividade comercial
requer remuneração, e como se justifica a rádio da família do prefeito de
Jaguarari realizar toda a publicidade sem receber nenhuma remuneração, apenas
na gestão atual? Se for por mera intenção de contribuir com a sociedade, por
quê não fez isso em gestões anteriores?
Vale ressaltar que a
imparcialidade do programa jornalístico também é questionável, haja vista todos
os apresentadores terem algum tipo de vínculo financeiro com a administração do
prefeito. Uma apresentadora ocupa cargo comissionado (de confiança), um recebe por propaganda da prefeitura em seu blog de notícias e o
outro recebe por edição de áudios de parte das peças publicitárias do Município;
assim sendo, as proprietárias aceitariam a isenção total de seus serviçais?
No passado, mais precisamente
em 2012, o atual prefeito foi condenado em primeira e segunda instâncias
acusado de abuso de poder econômico quando os apresentadores do jornal à época
disseminavam propaganda política no programa. Após recurso ao STJ, a condenação
foi anulada.
Foto: Ascom - PMJ
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