
Em busca do cargo de prefeito, Everton Rocha consegue na Justiça a anulação da CPP 01/2017
O prefeito
de Jaguarari, Everton Carvalho Rocha (PSDB), eleito na chapa com Fabrício D’Agostino
(DEM), em outubro de 2016, após diversas acusações de supostos crimes político-administrativos,
teve o mandato cassado pela Câmara Municipal por três vezes: 21/02/2018 (CPP 01/2017,
acusação de pagamento e contratação irregulares no caso “montana e doblô”),
29/03/2018 (CPP 01/2018, acusação de fraude em licitação de software para o
setor de tributos) e 04/06/2018 (CPP 02/2018, acusação de atraso na entrega da
Lei Orçamentária Anual - LOA), também foi afastado pelo TJ-BA pelo prazo de 180
dias em 04/04/2018 (acusação de fraudes no São João 2017) e na última sexta-feira
(19/10/2018) a Justiça concedeu decisão favorável por seu afastamento por mais
180 dias ou até julgamento da Ação Civil Pública – ACP que corre no Ministério
Público. Desde 03/04/2018 Fabrício D’Agostino está ocupando o cargo de prefeito
no lugar de Everton Rocha.
Com o
intuito de recuperar seu cargo de prefeito de Jaguarari, Everton Rocha entrou
com uma série de recursos na Justiça, tanto em Primeira como em Segunda Entrâncias,
obtendo várias derrotas, mas algumas vitórias, dentre elas, talvez as mais
importantes, acontecerem na última quinta-feira (18/10/2018), onde o Presidente
do TJ-BA suspendeu a Sessão da CPP 01/2018 e anulou os efeitos de seu
julgamento e nesta quinta-feira (25/10/2018), onde mais uma vez o Presidente do
TJ-BA preferiu outra decisão, desta vez anulando a realização da CPP 01/2017,
desta forma, Everton Rocha está a apenas duas decisões (suspensão/anulação da
CPP 02/2018 e o afastamento de 180 dias deferido na sexta, 19/10) para
conseguir, enfim, seu posto de chefe do poder executivo municipal.
A
batalha judicial travada entre o cabeça da chapa (Everton) e seu vice
(Fabrício) segue no TJ-BA, enquanto tudo isso acontece, a população continua
dividida entre os que anseiam pelo retorno de Everton Rocha e os que preferem
vê-lo distantes da cadeira. Na contramão de toda esta “guerra de poder”,
funcionários contratados e fornecedores vivem dias de tensão e medo, pois sabem
que nesta briga, eles são os que de fato tendem a perder: empregos, produtos e
serviços fornecidos à prefeitura municipal; assim como os animais, crianças,
idosos e enfermos continuarão, não se sabe até quando, diretamente afetados
pela falta de respeito e consideração, de ambas as partes, que insistem em
comemorar as "vitórias" queimando milhares de fogos por todas as partes do
município.
Postar um comentário
Postar um comentário