
Jaguarari: Decisão judicial poderá afastar Márcio Gomes e colocar Dourival Borges na presidência da Câmara de Vereadores
O MP - Ministério
Público ingressou com a Ação Civil Pública, Nº. 8000502-26.2018.8.05.0139, na
última sexta-feira, 17, contra Márcio José Gomes de Araújo, vereador e
presidente da Câmara de Jaguarari, pelo suposto crime de improbidade administrativa.
O MP requereu, ainda, que a justiça decida
pelo afastamento de Márcio Gomes do cargo de presidente da Câmara e a consequente
perda do mandato do vereador, em decorrência da suposta prática delituosa ao
contratar funcionários, que segundo a ACP, constam na folha de pagamento, mas
residem em outra cidade, sem prestar serviços à Câmara, onde a finalidade, de
acordo com a acusação, seria a contratação de plano de telefonia móvel para si
e terceiros. Márcio também é acusado de outros crimes, pelo MP, que seguem em
curso não apenas em Jaguarari.
A
expectativa em torno do desfecho que será proferido pela justiça local é
grande, mas dadas as circunstâncias, levam a crer, que a Juíza da Comarca de
Jaguarari, que em recente decisão, onde o MP pedia o afastamento do ex-prefeito
e a devolução de valores, segundo a ACP, fruto de ilícitos praticados nos
festejos juninos de 2017, coerentemente, opte pela aceitação da investigação,
sem o afastamento do edil e impute-o ao mesmo o bloqueio de bens e valores até
o limite exigido para a compensação dos gastos, supostamente indevidos.
Caso a
justiça local acate totalmente o pedido do MP, assume a presidência da Câmara,
o vereador Dourival Borges, que também foi eleito no mesmo grupo de Márcio
Gomes e do ex-prefeito Everton Rocha, que chegou a votar em 21 de fevereiro de
2018 pela cassação do ex e seu agora aliado, Everton Rocha. Dourival Borges é
de Gameleira e já foi vereador por quatro mandatos. Foi em seu último mandato,
2005-2008 que o ex-prefeito Edson Almeida foi cassado para que o vice Alberto
Sá assumisse, fato que durou apenas quatro meses.
Dourival
Borges, inclusive, em sessões onde foram acatas as denúncias da CPP 001/2017 e
001/2018, foi alvo de duras críticas e xingamentos proferidos por defensores do
governo do ex-gestor, chegando a ser, por várias vezes, vaiado e xingado, assim
como outros vereadores que fizeram parte da coligação majoritária.
Definitivamente
os últimos 17 meses, para o município, tem sido uma prova de que o voto é
valioso e com ele vem a saúde, educação, trabalho, renda, aumento salarial e
condições de vida sucateados por escolhas baseadas na fantasia.
Que em
2020 os eleitores de Jaguarari mirem seus votos em quem inspira e transpira
responsabilidade e zelo pelo bem coletivo, o que não é fácil.
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